Repercussão da morte de Hugo Chávez e de Chorão nas redes sociais

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Esta semana (que começou no dia 4 de março de 2013) vem sendo uma das mais agitadas para os meios de comunicação e portais de notícias em muito tempo. Dois acontecimentos, entretanto, receberam destaque; entre o início do processo que escolherá o novo Papa, a controversa eleição de Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos, o primeiro caso de cura funcional da Aids, o novo visual do Facebook, o julgamento do goleiro Bruno e tantos outros fatos importantes, a morte de duas personalidades públicas dominaram as manchetes: a do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e a do líder da banda Charlie Brown Jr, Chorão. E como não poderia deixar de ser, esses assuntos repercutiram muito também nas redes sociais.

Hugo Chávez faleceu na tarde da terça-feira, dia 5, aos 58 anos, vítima de um câncer contra o qual lutava há quase três anos. A repercussão on-line foi imediata: de acordo com o Google, os termos relacionados ao fato foram os mais pesquisados naquele dia no site, com pelo menos 1 milhão de buscas só nos Estados Unidos. No Twitter, a hashtag “#MuereChávez” esteve entre os Trending Topics globais e diversos termos envolvendo o acontecimento dominaram os TTs venezuelanos (no Brasil, curiosamente, isso não aconteceu).

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Alexandre Magno Abrão, o Chorão, do grupo Charlie Brown Jr, foi encontrado morto (a causa exata ainda está sendo investigada) na madrugada do dia 6, praticamente um mês antes de seu aniversário de 43 anos. O fato foi noticiado logo no começo do dia e ainda pela manhã já era um dos assuntos mais comentados na internet. No Twitter, termos como “LutoChorão“, “Chorão“, “CBJR” e “RIPChorão” chegaram aos Trending Topics não apenas nacionais, mas do mundo.

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A principal surpresa, porém, foi como o buzz causado pelo falecimento de Chorão, praticamente apenas no Brasil, superou (e muito) o barulho da morte de um político tão expressivo no cenário mundial como Hugo Chávez. No Twitter, o número de publicações sobre o vocalista foi quase seis vezes maior. No Google, o termo “Chorão” apresentou um aumento de mais de 5000% no número de buscas, contra um aumento de 2550% para buscas por “Hugo Chávez”.

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Isso significa que as pessoas e a mídia se preocupam mais com a morte de um músico que com a de um político? Não necessariamente. No Facebook, em páginas de grandes portais de notícias, como o Estadão (O Estado de S. Paulo) e a Folha de S.Paulo, o número de “likes” e comentários para as notícias relacionadas aos dois assuntos é bastante próximo, com uma pequena margem para a notícia sobre o governante venezuelano. O número de compartilhamentos sobre a morte do vocalista, por outro lado, é muito maior.

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Através desses dados (e de uma breve análise dos públicos envolvidos no Facebook e no Twitter) é possível encontrar uma explicação, entre tantas possíveis: em comparação com os fãs de Chorão e de sua banda, pessoas que se interessam por política (e, por conta disso, se interessaram pela morte de Chávez) são mais velhas e menos ativas na internet e nas redes sociais. Ainda assim, é surpreendente perceber que os jovens brasileiros consigam, praticamente sozinhos, tanta expressão em uma escala global, o que faz pensar no que poderiam conseguir se usassem essa força para outros fins.

E aí, qual é a sua opinião sobre o assunto? Concorda com a nossa análise? Deixe o seu comentário!

Veja também: Repercussão do título mundial do Corinthians nas redes sociais.

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3 Respostas para Repercussão da morte de Hugo Chávez e de Chorão nas redes sociais

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