Banda larga brasileira é uma das mais caras do mundo

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Após aumentar 18,6% em 2012, alcançando um total de 25,8 milhões, o número de conexões banda larga acima de 2 Mbps (megabit por segundo) no Brasil deve ultrapassar a marca de 42,6 milhões até 2017. O dado é certamente positivo, mas se engana quem acha que esse crescimento (apontado pela nova edição do Barômetro Banda Larga 2.0, realizado pela Cisco e IDC) está relacionado à acessibilidade ao serviço no País; de acordo com outro estudo divulgado recentemente, o consumidor brasileiro é um dos que mais precisa trabalhar para conseguir se conectar à rede de banda larga.

Analisando as 15 nações (desenvolvidas e emergentes) que lideram o acesso à internet no mundo, o economista e professor da FGV Samy Dana e o graduando em Economia pela UFV-MG Victor Candido concluíram que o brasileiro precisa trabalhar pelo menos cinco horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps, segundo pior resultado entre os países analisados (atrás apenas da Argentina, onde são necessárias 5,15 horas de trabalho). Os cálculos foram feitos com base em dados do Banco Mundial, do Internet World Stats Broadband Penetration e do relatório The State of the Internet (realizado pela consultoria Akamai).

Confira a tabela completa:

HORAS DE TRABALHO PARA PAGAR INTERNET POR MÊS

POSIÇÃO PAÍS PREÇO DE 1 MBPS
(EM US$) POR MÊS
RENDA PER CAPITA
POR HORA (EM US$)
HORAS PARA PAGAR
INTERNET
Argentina 46 8,92 5,15
Brasil 25,06 5,00 5,01
África do Sul 19,04 5,57 3
Chile 23,04 8,5 2,71
Polônia 13 10 1,3
Portugal 10,99 12 0,91
Canadá 6,5 20 0,32
Holanda 4,31 22 0,2
Finlândia 2,77 19 0,14
10º Estados Unidos 3,33 25 0,13
11º Noruega 4,04 32 0,12
12º França 1,64 18 0,09
13º Suécia 0,63 21 0,03
  Coreia do Sul 0,45 15 0,03
15º Japão 0,27 18 0,015

 

Para os realizadores do estudo, o alto preço cobrado no Brasil está relacionado à alta carga tributária. Para efeito de comparação: no Japão, onde os tributos representam apenas 5% do preço, os serviços de banda larga a uma velocidade de 1 Mbps custam em média US$ 0,27 (R$ 0,55), enquanto por aqui os 40% de impostos sobre o serviço elevam o preço para mais ou menos US$ 25,06 (R$ 50,52) por mês. Além disso, a concorrência pequena no setor deixa o consumidor refém do preço.

Dados da União Internacional de Telecomunicações mostram que o brasileiro gasta por mês com banda larga, em média, até menos que o japonês (US$ 17,22 contra US$ 24,41), mas o organismo da ONU não leva em consideração a velocidade de conexão para cada caso (considera apenas o valor mensal para fazer um download de 1 GB); enquanto no Japão existem planos de até 100 Mbps para uso doméstico, no Brasil a velocidade média é de pouco mais de 2 Mbps.

Veja também: Brasil é campeão em solicitações de remoção de conteúdo do Google.

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