Antonio Borba fala sobre notícias falsas nas redes sociais

Antonio Borba fala sobre notícias falsas nas redes sociais

Depois de um resultado surpreendente no primeiro turno das eleições brasileiras, os partidos começam a se preparar para o segundo turno, que promete ser bem disputado. Mas há um ponto que tem preocupado os partidos, a divulgação de boatos e notícias falsas – o famoso hoax, embuste, farsa – através de redes sociais e e-mails.

Antes mesmo de começar o embate eleitoral, o G1 divulgou as iniciativas das siglas para tentar combater estas ações. PT, PSDB e PSB haviam montado grupos de monitoramento nas redes sociais, e estavam prontos para desmentir os boatos e tomar as providências jurídicas necessárias para tirar o conteúdo do ar.

Em entrevista à e-Paraná FM, Antonio Borba, Diretor Executivo da Rede Magic, explicou que a divulgação de rumores não é algo novo nas mídias, mas que durante as eleições os internautas devem ficar ainda mais atentos. Para ele, há uma polarização nas redes, o que faz com que os discursos se tornem especialmente ácidos:

A impressão que me passa é que existem correntes defendendo seus candidatos e pontos de vistas, e não pessoas necessariamente abertas para uma discussão saudável para definir o melhor candidato.

Borba afirma que outro ponto que colabora com esta polarização são os algoritmos das redes sociais, como o EdgeRank, do Facebook, que seleciona o que o usuário recebe a partir das suas interações com as publicações de amigos e páginas. O mesmo ocorre no WhatsApp, onde os usuários participam de grupos fechados e acabam recebendo notícias apenas daquelas pessoas que têm os mesmos interesses ou posicionamento político, diminuindo a diversidade de opiniões.

Atrapalha o combate aos hoaxes a dificuldade de identificar e punir os responsáveis, e a burocracia que os partidos enfrentam para retirar o conteúdo do ar. Recentemente, o PT conquistou uma decisão liminar de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral que obriga o Google a excluir um vídeo no qual um carteiro distribui panfletos da candidata Dilma Rousseff, como mostrou o G1.  Até o momento, porém, a filmagem continua disponível na rede:

De acordo com Borba, do ponto de vista jurídico, o único que poderia ser diretamente responsabilizado é a fonte de origem, o que nem sempre é fácil determinar. Os usuários devem ficar atentos ao risco que correm ao passar adiante uma notícia falsa, pois comprometem sua credibilidade junto ao seu grupo social.

Para combater a divulgação destas informações equivocadas, ele recomenda que os internautas confiram o conteúdo que encontram em sua timeline antes de compartilhá-lo ou aceitá-lo como verdade. Para ele, a desatenção e a falta de tempo acabam colaborando para que os usuários disseminem os hoaxes:

Devemos receber com precaução as notícias. Se quer compartilhar uma notícia interessante, cheque a fonte antes, basicamente todo mundo deveria fazer isso.

Confira a entrevista completa de Antonio Borba ao jornalista Marcelo Fachinello, no “Jornal É Agora”, da e-Paraná FM:

Leia também: Aplicativo identifica perfis falsos no Facebook

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