O Android e a soberania do Google

Em 2007 o Google anunciou seu sistema operacional para dispositivos mobile: o Android. Analistas diziam que, por ser um sistema open source – com código aberto para que qualquer pessoa com conhecimento da linguagem possa programar – nunca daria certo. Esses especialistas não poderiam estar mais errados. Com mais de 700 mil aplicativos em sua loja virtual e 10 versões, a última lançada em outubro deste ano, o sistema conta com 1,3 milhão de ativações por dia. Segundo Eric Schmidt, presidente do Google, é um aumento de 44% comparado a junho do mesmo ano.

Em 2011, quando houve o boom dos smartphones no Brasil, o sistema do robô foi responsável por 61% das vendas, ou seja, a cada cinco telefones inteligentes vendidos no País, três eram Android. Um crescimento de incríveis 400% comparado a 2010.

Quando pensamos nos resto do mundo, os números do SO são exorbitantes. No período entre julho e setembro deste ano, nada menos que 75% dos smartphones vendidos no mundo rodavam o sistema do Google. Esse valor corresponde a 136 milhões de aparelhos, quase o dobro do que foi vendido no mesmo período do ano passado. Entre janeiro e outubro de 2012, cerca de 68% dos aparelhos vendidos eram Android.

Para comparar melhor, em 2012 a remessa de aparelhos com o iOS (iPhones e  iPads) até agora é de apenas 26 milhões de unidades. BlackBerry fica com 7,7 milhões e smartphones com Windows Phone com apenas 3,6 milhões.

A não ser que a Microsoft e a Apple desenvolvam aparelhos incrivelmente fantásticos e que ultrapassem todas as expectativas, em 2013 o Android dominará absolutamente, com 90% do mercado mundial de telefones inteligentes. E o que aconteceria se o robozinho dominasse o mercado?

Com praticamente todo o mercado na palma da mão, o Google ditaria os rumos das novas tecnologias, forçando os outros sistemas operacionais a mudarem também. Por exemplo, se a gigante da internet decidisse que o HTML5 para mobile é o novo caminho, então todos os outros sistemas teriam de rever seus conceitos e se adaptar para não perder mercado. Até mesmo a Apple, forçada a ficar com uma fatia menor do mercado – mas ainda tendo grandes lucros – perderia parte da sua influência.

Mesmo sendo um sistema operacional aberto, o Google detém as chaves do Android e não será passado para trás por qualquer “android” genérico que possa ser lançado por outros desenvolvedores para quebrar o monopólio. Poucas vezes o Google cometeu erros em seus sistemas e aplicativos, por isso nos resta torcer para que esse domínio não seja usado apenas para gerar lucros com produtos fracos e ineficientes, mas sim para construir produtos e tecnologias revolucionárias e acessíveis a todos.

Veja também Os produtos mais estranhos com o sistema Android.

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